Após uma primavera e um verão com poucos avanços dos ucranianos, agora é a vez dos russos contra-atacarem, mas também não se espera grandes avanços.
A guerra na Ucrânia está em seu segundo ano, e a Ucrânia não consegue mais avançar para reconquistar o território perdido. Após um esforço de meses durante o período da primavera e do verão, após o recebimento de tanques alemães Leopard 2, após o recebimento de caças F-16, após o recebimento de mísseis Javelin para fazer frente à frota de tanques russos, os ucranianos reconquistaram em todo o front o equivalente a um bairro.
Passado o momento que poderia ter sido aproveitado com a confusão nas linhas russas causada pelo grupo Wagner, com a confusão na fronteira entre Bielorrússia e Polônia, a Ucrânia se vê em um momento de exaustão. O Ocidente possui agora um problema maior no Oriente Médio. Os russos não retrocederam e o grupo Wagner foi contido. Além de tudo isso, os equipamentos da OTAN recebidos não pareceram conseguir virar o jogo a favor dos ucranianos. E agora, o inverno se aproxima novamente.
Os russos por sua vez começam a realizar movimentos de ataques, principalmente nas cidades mais ao leste, como Kharkiv e Avdiivka. Um ataque aéreo atingiu edifícios e residências na cidade. Mas os esforços também ocorrem mais ao Sul, principalmente em Kherson e Odessa. Em Kherson, inclusive partes da cidade estão sob controle russo, com os soldados se vestindo como civis para infiltração em áreas controladas pela Ucrânia. Já em Odessa, os ataques são realizados através de drones carregando mísseis, ou drones kamikazes. Algo que tem se constatado nos últimos dias é a fragilidade da defesa aérea ucraniana, o que tem aberto espaço para ataques com caças-bombardeiros como o Su-34 e ataques de drones.
Ao que se pode observar até aqui, nada mudará tão cedo no conflito, a não ser que um evento maior desequilibre as forças. Porém, o problema é que os russos já passaram por esse "teste" no caso da rebelião do Grupo Wagner, algo que poderia ter sido usado pelos ucranianos, mas acabou que não alterou o conflito. Agora, as condições climáticas e a geopolítica mundial favorecem mais aos russos, principalmente com o Ocidente tendo uma guerra maior no Oriente Médio. O que isso impactará no front ucraniano será visto nas próximas semanas.
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