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A Guerra até aqui: O impasse está instalado.

Com ucranianos recuperando uma pequena porção próxima a Kherson e Bakhmut, os russos continuam no território e os avanços em ambos os lados pararam.

A guerra entre Rússia e Ucrânia tornou-se um conflito de trincheiras. A intervenção da OTAN no conflito mostrou seu efeito e pode-se observar muito mais um confronto entre a aliança ocidental com os russos do que algo propriamente da Ucrânia. Mas ainda assim, há um entrincheiramento da guerra. Entenda as posições de cada lado do confronto.


Ucrânia recupera territórios próximos a Kherson e luta por Bakhmut. Após ver a cidade portuária de Kherson ser tomada pelos russos, Kiev conseguiu recuperar com o auxílio valioso de tanques, aeronaves e pessoal da OTAN que vem treinando os soldados do país. O rio Dnipro funciona hoje como uma fronteira física entre territórios controlados pelos russos e ucranianos, até a cidade de Zaporizhzhya. Mais ao norte os ucranianos disputam a cidade de Bakhmut que é a porta de entrada para o território do Donbass.


Os russos consolidaram-se ao leste do rio Dnipro. Há uma contiguidade territorial entre a Criméia e o Donbass. Após esse objetivo conquistado, os russo não avançam mais para alvos de oportunidade como Kherson ou Zaporizhzhya. Nesse ponto, hoje os russos comemoraram o Dia da Vitória para a URSS na 2ª Guerra Mundial e Putin afirmou que a guerra encontra-se no impasse graças a "forças globalistas ocidentais que ameaçam o estilo de vida russo". A Rússia parece já ter obtido a vitória principal e estar agora na busca pelo armistício.


No contexto geopolítico maior, os EUA continuam a enviar recursos para a Ucrânia e patrocinam com pequenos equipamentos como veículos blindados sobre rodas, lançadores javelin, mísseis de cruzeiro e munições. Já a OTAN com seus países europeus estão enviando recursos mais ostensivos: A Alemanha continua o envio de tanques Leopard, franceses enviam pessoal para treinamento, e os ingleses monitoram de águas internacionais ao norte próximo à Finlândia.


Já do outro lado, chineses continuam ampliando seu comércio com os russos. Dados revelam que, após as sanções se consolidarem na economia russa, Pequim mais que dobrou suas trocas com Moscou. Os russos vêm compartilhando tecnologia e com Irã, Síria e Índia. Além disso, o fomento do abandono do dólar em trocas internacionais favorece a China que observa atentamente os desdobramentos do conflito europeu, e se preparar para anexar Taiwan.


O impasse está posto na guerra da Ucrânia, e, na ausência de eventos maiores que pendam a balança para um lado, deverá continuar assim nos próximos meses. Os atos provocativos de Kiev com o ataque de drones a Moscou não se mostraram eficazes além da propaganda. Por outro lado, dão a desculpa ideal aos russos para uma campanha mais agressiva, uma vez que uma região não participante do teatro de operações do conflito é atacada.


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