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A estratégia de Vladimir Putin para o ataque na Ucrânia.

Updated: Jul 18, 2022

O líder russo demonstrou excelente posicionamento, conhecimento geopolítico e na arte da guerra para colocar tanto a Ucrânia quanto o Ocidente numa posição de total impotência.

A Rússia já venceu a batalha contra a Ucrânia, dentro de uma guerra que irá durar nos próximos anos, ou até décadas. A guerra não é contra a Ucrânia, mas sim contra o Ocidente que subjugou os russos (no olhar de Vladimir Putin) à humilhação e à ameaça de desintegração da Federação Russa com as políticas adotadas após o fim da URSS.


Moscou sabia que, com o fim da Guerra Fria nos anos 1990, Europa e EUA avançariam rumo às fronteiras da Rússia. Com isso, após a instabilidade no fim do séc. XX, Putin assumiu o poder com um propósito: Reerguer o orgulho russo e a "mãe Rússia". Para isso, o primeiro objetivo era parar a força da superpotência norte-americana, representada na Europa pela OTAN.


Portanto, Putin começou a se movimentar apoiando o Soviete Supremo bielo-russo e tornando o governo da Bielorrússia um aliado. Essa manobra garantiu impedir uma importante fronteira russa protegida por um Estado satélite aliado. Porém, a joia da coroa é a Ucrânia. A maior fronteira com a Rússia na Europa, riquezas minerais, caminho dos rentáveis gasodutos para os europeus, e uma posição no centro do Leste Europeu fundamental com acesso ao Mar Negro. Para isso, movimentos mais ousados eram necessários.


Primeiro foi a venda de gás natural para a Europa que aumentou muito nos anos 2000. Mas o que isso traria de benefício para Moscou? A dependência econômica e energética. Muito se diz que os russos dependem da compra de gás feita pela Europa, mas a Rússia possui na China um aliado capaz de suprir grande parte dessa falta, no caso de uma medida extrema de corte na compra do gás natural russo pela Europa Ocidental. Assim, com a aliança chinesa e detentores de reservas de gás e petróleo fundamentais, Putin se colocou em vantagem econômica e estratégica sobre os principais Estados da OTAN.


Finalmente chegou a hora de Putin agir seguindo com o plano: Em 2014, os russos realizaram a anexação da Crimeia, território ucraniano. Esse movimento foi fundamental para a invasão de hoje: Após cercar a Ucrânia pelo Norte, com a aliança da Bielorrússia, a conquista da Crimeia permitiu os russos terem a fundamental cidade de Odessa no seu horizonte e terem o acesso livre ao Mar Negro. Assim, cercado pelo Norte, Sul e Leste, os ucranianos não tinham muito o que fazer, a não ser esperar a invasão e uma defesa do Ocidente (a qual não veio até o momento).

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