De vassalagem em vassalagem, o país continua sendo feito escravo por elites entreguistas que se uniram para derrotar a chance da independência real.
Águia implacável norte-americana ou dragão impiedoso chinês? Queira ou não, essa escolha está sendo feita sem você perceber, e está diretamente ligada a você. O Brasil, ao longo do séc. XX viveu à sombra da hegemonia dos Estados Unidos. Com a ascensão chinesa no começo do atual século, os asiáticos passaram a mirar nossas riquezas também, e passaram os norte-americanos no comércio internacional e na influência política dentro do Brasil.
A despeito da diminuição da influência de Washington no país, o resultado eleitoral de 2022 demonstrou como o governo yankee sabe ainda influenciar processos políticos em nosso país. O favorecimento e proteção de Lula (cálculo errado da CIA e de Biden) visava eliminar o líder que fortalecia de fato uma maior independência política brasileira das garras da Águia do Norte. O cálculo mostrou-se errado quando o atual governo do PT demonstrou sua sagacidade ao se aproximar a inimigos dos EUA e terroristas como o Hamas.
Mas e os chineses? Viram os EUA influenciar e nada fizeram? A verdade é que a estratégia chinesa é diferente. Os chineses são mais pacientes e observaram a proximidade ideológica do PT e de uma esquerda mais "nacionalista" com os interesses chineses. Assim, usando o relacionamento com Lula e o Itamaraty, e iludindo "nacionalistas" com uma promessa de independência de Washington, os chineses fecharam o outro lado contra o candidato que era autenticamente pró-Brasil, Jair Bolsonaro.
E tanto China quanto EUA atacam nos dois lados mais tradicionais da política brasileira. Se EUA possui proximidade maior com tucanos e sociais democratas, mas também mantém fomento em uma esquerda mais autêntica e alinhada com o progressismo como partidos do PSOL e Rede, a China se alinha com esquerdistas mais tradicionais do PT, PCdoB e PDT. Porém Pequim também mantém laços com setores mais corporativistas brasileiros que visam principalmente o fornecimento de recursos para obras que geram votos em eleições.
Certo, e o Brasil no meio disso? O Brasil fica como uma onça acorrentada entre um dragão e uma águia muito maior e forte. Tem potencial, mas nunca se liberta das cadeias colocadas pelas elites locais que se comportam como verdadeiras meretrizes de interesses internacionais: sejam interesses globalistas progressistas, sejam interesses eurasianos autoritários. O fato é que o único líder que tentou libertar o Brasil disso hoje encontra-se inelegível, à beira de ser preso e perseguido como nunca na história da República um ex-Presidente foi caçado. E o povo continua a padecer e o país a perder a oportunidade de se lançar na geopolítica como protagonista, a disputa é apenas de quem irá devorar a onça: O dragão ou a águia?
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